Marrakesh

Visitado em 08/04/2016
Chegamos por volta das 23:30 e não quisemos usar o serviço de valet (20,00) porque havia vagas para estacionar na rua bem próximo à casa. Dois homens estavam sentados na calçada em frente à porta do Marrakesh, observando os casais que entravam no lugar. A porta estava aberta quando nós chegamos – entramos direto. Assim que a gente passou pela porta já encontramos a recepção – um balcão num espaço bem pequeno onde cabe apenas um casal, no máximo dois (entre a porta e esse balcão tem dois passos). Não tinha ninguém ali no balcão – ou na porta – para nos receber e ninguém fez qualquer tipo de revista.
Esperamos alguns segundos até chegar um rapaz, não muito simpático. Ele perguntou telefone, nome completo e data de nascimento, preencheu o cadastro no computador e nos disse o valor da noite: 110,00 consumíveis (no site dizia 100,00). O Leandro respondeu tudo mas não se sentiu muito à vontade em fornecer esses dados num lugar que ele não conhece. Em seguida um outro rapaz (vestindo um terno desalinhado) nos levou para uma mesa. Eu contei dois casais de amigos numa mesa à direita da entrada, dois homens na faixa dos 50 anos sentados no bar, um casal numa mesa perto da pista e um trisal (um cara e duas meninas) numa mesa mais afastada – 11 pessoas.
Estávamos curiosos pra saber como tinha ficado a casa depois da reforma que fizeram em 2014. A principal mudança foi o bar, antes ele ficava ao lado da recepção num cubículo estranho; agora ele está do lado esquerdo de quem entra na casa, bem iluminado e bonito, onde era a cabine do DJ (coisa que a gente não conseguiu descobrir onde está agora). A música ambiente era um pagodinho estilo anos 90 e o rapaz nos levou para a mesa mais afastada de todas, colada na parede. Mesmo a casa estando vazia não tivemos a oportunidade de escolher onde gostaríamos de sentar, mesmo porque, todas estavam com uma plaquinha de “reservado”, coisa que inibe os frequentadores de fazer essa escolha. O rapaz de terno nos deu o cardápio, mas a gente não conseguia enxergar nada porque o ambiente estava bem escuro. Ele sacou uma lanterninha mas parecia que tinha outra coisa pra fazer, pois pediu pro Leandro segurar a lanterna enquanto a gente decidia o que tomar e saiu de perto da gente.
Espumante é uma bebida que não me dá nenhum problema e fiquei feliz quando vi no cardápio vários drinks, entre eles, coquetel de espumante e o Leandro pediu um Daiquiri. Os coquetéis variavam entre 33,00 e 37,00. Infelizmente não conseguimos dar mais do que três goles, porque estavam muito ruins. Não sei que outras coisas eles colocaram no coquetel de espumante, só sei que não consegui tomar. Oras, a gente toma espumante toda semana em casa há uns 4 anos, sabemos muito bem como deve ser esse sabor – e o fato é que aquilo não era de espumante. A bebida do Leandro, que deveria ser de rum, tinha o mesmo gosto da minha bebida, que deveria ser de espumante (oi?). O Leandro viu quando o barman virava uma garrafa de velho barreiro – como disse antes, o bar é bonito e bem iluminado, sendo o ponto de atração da casa – se era nas nossas bebidas a gente não tem certeza, mas já levanta a dúvida.
Acenderam as luzes da pista. Tinha uma luz azul em especial que vinha diretamente na nossa direção, atingindo em cheio nossos olhos e isso incomodava tanto que a gente não conseguiu ficar sentado; ficamos em pé, de costas pra pista. Parecia que estavam testando, mas como o teste não tinha fim (sério, ficou fazendo o mesmo movimento por uns 10 minutos) a gente não aguentou mais ficar ali. O resto do ambiente da pista continua o mesmo: a pista pequena no centro do ambiente, em desnível abaixo das mesas. No chão, em volta dos queijos, ladrilhos de vidro espelhado (alguns faltando, outros tortos, mal colocados). Entre um dos queijos e a escada de acesso à pista tem uma árvore, fazendo combinação com o jardim interno que fica do outro lado do bar. Muitas mesas, incontáveis, todas bem coladas umas nas outras – se a casa estivesse cheia um casal ficaria sentado no colo do outro. Todas as paredes desse ambiente são vermelhas.
Largamos as bebidas na mesa e fomos dar uma volta nos reservados, pra ver como tinha ficado a reforma. As primeiras cabines do lado esquerdo (são 3) dão vista para um jardim interno, como aquele espaço na pista de dança. Plantas vivas balançavam com o vento e fiquei curiosa pra saber se era vento de verdade, se o fundo das cabines era aberto. Não. O vento vinha de um ventilador fixo na terceira cabine e virado para as plantas, passando a ideia de algo real. Em frente a essas cabines tem outras duas, com treliças. Essas cabines são bem apertadas, só cabem um casal. Em seguida, do lado esquerdo, tem uma sala coletiva e uma plaquinha na porta diz que é só para casais. Nessa hora uma mulher apareceu e disse pra gente ir ver as salas do outro lado, que eram muito legais porque tinham vista para a pista de dança. No caminho passamos por uma sala com uma porta grande, desproporcional às outras, e nos chamou a atenção porque dentro dela tinha uma privada. Opa, como assim, uma privada?
Imaginem um compensado de madeira de uma parede a outra com um estofado vermelho em cima, só que na parte de baixo, como apoio, uma privada. O chão e as paredes de azulejo quadrado branco, pia e até cheirinho de pinho sol. “É um banheiro???”, perguntei achando que aquilo não poderia ser verdade. “É sim, a gente improvisa…!” foi a resposta da mulher que acompanhava a gente. G-ZUIS! Eu não acreditei! Nem o Leandro! O mais engraçado foi o tom que ela usou, como se pensasse: ai, que tolinha…! com um sorrisinho maroto pra completar o tom de voz. Seguimos ainda (acreditem, ainda seguimos em frente!) até a tal sala com vista para a pista, que na verdade não tinha nada de mais e a vista era bem opaca, embaçada, quase inexistente, através de um vidro que parecia pintado de bege. Pouco se via da pista.
Acho que a “cabine-banheiro” e a “coisa improvisada” foi tão marcante que a gente não conseguiu prestar atenção em mais nada. Ou então porque o resto das salas era exatamente a mesma coisa da outra vez que estivemos lá, há três anos atrás, mesmo depois de ter passado por uma reforma. Saímos do reservado sem vontade de beber e sem vontade de transar. Bora pra casa, né? Como tudo tem um lado bom, a casa só nos cobrou o valor do que consumimos: 73,00.
AVALIAÇÃO PESSOAL: (1-10) nota : 4

0 comentários:

Postar um comentário

Tecnologia do Blogger.

Featured Post Via Labels

postagem em destaque

Visita às Casas de Swing – 2016

Loucuras Secretas Quero cometer loucuras, nossas loucuras secretas, só nossas. Não quero ter hora nem local , nã...

Me siga

Total de visualizações

Subscribe

Pages - Menu

Popular Posts